"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"
(Fernando Pessoa)


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Porto Alegre, RS, Brazil
Técnico em edificações formado pelo Centro de Referência em Educação Profissional Parobé em 2012/1. Desenhista técnico na empresa Prisma Topografia. Estudante de Graduação em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

sábado, 30 de julho de 2011

Cigano

Trilhada

Docemente fui ao inferno,
Amargamente subi aos céus.
Do ato de inventar mentiras para se acreditar
fundi o aço...
E lá de cima vê-se,
não digo o quê para não perder a boa prosa,
mas a falta de que o rio passe pelo leito entreaberto
e que meus olhos fechem.
Na angústia de não poder mexer-me,
devencilho-me de todas as sensações mundanas...
E rio, como o rio que não perpassa, de todos.
Pontos postos ou mal postos
Desci novamente
Fiquei no limbo...
in loco daqueles de quem outrora eu ria, o veneno crônico.
Verborragicamente paro por aqui, esgoto-me, mas não ponho-me no lixo,
E rio, agora este que me transpassa sem notas nem acordes,
de mim mesmo...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CRIARTE

No lugar certo, na hora certa
a cor certa no traço certo
do limiar tecido traçado pelo pensamento
inconvencionalmente convencional
acomodando-se na poeira do olho
passado, rastreado, arrastado
sobre coisa alguma,
!CRI-AR-TE!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Da borda pro centro

A vida começa no sopro
no sopro do vento
no rabo do olho
da saia
da borda do dedo
do dedo
na boca
na boca do seio
no seio do ventre
do ventre
bebê

Diálogo com o esboço


O traço
O incerto
O certo
Acerto
O preto
No branco
O forte
No fraco
O tremer
O ferver,
Da idéia.

Amor nerd

Quero um amor que escuta meu peito
Não olhe pro chão
Aquele amor que me faça sentar de pernas abertas,
Faça fuzil rir.
Que mexa no cabelo,
Com segurança
Use colírio
Para ver os meus verbos
Que acaricie meu queixo.
Quero um amor nerd
Mas que joguemos um jogo só...

Coroa em ferro forjada

O mesmo padre, na acidez da aurora tropical
Daquelas províncias empoeiradas, castigadas pelo labor preguiçoso e mercantil,
Parleava,
nas salas esmaltadas com sangue, suor e desespero
Enquadradas naquelas paredes, sob os braços torturados de Jesus, filho crucificado
De todas as mulheres,
Como tentáculos saciados nos roteiros do tédio para o tédio.

Rafael Muniz Espíndola